O chá de jardim- por Aravinda Anantharaman

Thieves tea being pounded in the vangedi stone. (Photo: Amba estate)

A história do chá da Índia e do Sri Lanka é compartilhada. Em ambos os países, as plantações de chá começaram com os britânicos. Indianos do sul do estado de Tamil Nadu foram levados para o Sri Lanka, para trabalhar nas fazendas. Isso levou à criação de uma grande comunidade tâmil na nação insular, causando muitos conflitos e uma sangrenta guerra civil.

Tamil Nadu
Ella Tea Garden

O modelo da plantação traz muitas dúvidas sobre os direitos dos trabalhadores – e isso vale também para o chá. Isto é o que estava em minha mente quando ouvi esta história: No Sri Lanka, o jardim de chá Amba vende um chá preto que eles chamam de “Thieves Tea”. Amba é uma fazenda orgânica em Ella, que fica na província de Uva. A história deste chá é que na época colonial, os colhedores de chá da ilha eram proibidos de levar para casa as folhas de chá. Lógicamente, eles tinham curiosidade sobre o chá. Então, decidiram roubar algumas folhas para fazer seu próprio chá. Sem maquinário em casa para processar as folhas de chá, eles usaram o que estava disponível – um almofariz e pilão. Quando a fazenda Amba estava surgindo e ideias sobre chás artesanais estavam sendo discutidas, esta história surgiu. O Thieves Tea (às vezes conhecido como Vangedi Pekoe) é um chá preto artesanal batido com pedra.

 

Embora não pudessem levar folhas de chá para casa, certamente as mulheres que trabalhavam no jardim deviam fazer uma pausa para o chá.

E como era? Em grandes jardins de chá, especialmente em Assam, o chá é preparado em uma cozinha central e levado para os campos em grandes tambores. Atualmente eles bebem chá preto com ou sem leite. Eles carregam suas próprias garrafas, enchendo-as de chá. Entretanto, durante as décadas de 1960 e 1980, era preparado um chá quente chamado “nun cha” ou chá salgado (feito do pó de chá), bebido em xícaras de folhas feitas de “kochu” ou folhas de colocasia. Mesmo antes disso, na década de 1950, o paniwalla (designado carregador de chá) carregava grandes latas de chá coado penduradas nas pontas de uma vara de bambu. O sal era embrulhado em papel e oferecido a quem quisesse acrescentar. Ajudou a compensar o sódio perdido pelo suor. “Nun cha” era, e continua sendo, o chá de jardim.

Algo bem interessante e que devo mencionar é que também você encontra nos jardins de chá os pakoras de folhas de chá, um lanche de folhas de chá verde fritas.

Pakoras

Veja esta receita aqui:

Edição e Tradução livre : Elizeth R.S. v.d. Vorst

Todos os direitos reservados

O video acima foi autorizado a ser reproduzido em nosso site, por nossa amiga do Chá e proprietária de Glenburn Tea Estate, a Sra. Husna -Tara Prakash

Eu não experimentei esta preciosidade nos dias em que estive em Glenburn, mas sim o Pakora com pedaços de vegetais e um chá preto outonal. Que harmonização!!

Traduzindo rapidamente o video acima com a ajuda de nosso amigo do chá, Raju Lama:

“Pakora na culinária dos países do Sul da Ásia é um bolinho pequeno e picante contendo pedaços de vegetais ou carne, feito geralmente com uma massa de farinha de grão de bico e frito.

Nesta receita o chef da cozinha do Hotel “Glenburn Tea Estate” está preparando as folhas de chá com a massa de farinha de grão de bico e depois frito”.

 

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